Ponto G - Mito ou Verdade?

Em 1960, o ginecologista alemão, Ernest Gräfenberg fez uma descoberta que gerou polêmica e dúvidas entre os estudiosos de sexualidade: a existência de uma estrutura à qual é atribuída a capacidade de induzir uma "ejaculação feminina", o ponto G.

Há muito tempo se ouve falar do ponto G. Diz a lenda que essa estrutura seria um importante mecanismo de prazer nas mulheres. Mas como localizá-lo? 
Há quem diga que o tal ponto fica num labirinto, bem lá dentro da vagina. Porém, você acredita nisso? Será que existe realmente um lugar que acione a sexualidade feminina? Ou será que tudo não passa de mais uma invenção para que as mulheres pensem ter sido descoberto um dos maiores segredos do orgasmo feminino?


Na verdade, o ponto G é uma questão polêmica entre os estudiosos de sexualidade. Uma parcela, principalmente os sexólogos. acredita na existência dele e até indicam o "mapa da mina". Segundo eles, o ponto G é uma região da vagina que, quando tocada, pode tevar à mulher a sentir orgasmo. Em outras patavras, ele se localiza na parte superior do canal vaginal (mais ou menos uns quatro centimetros da entrada para dentro) a meio caminho entre o osso do púbis e o colo do útero. De acordo com alguns especialistas, o ponto G pode ser tocado com o dedo. ou massageado pelo pênis com o movimento de penetração. Entretanto, a mulher precisa estar muito excitada para conseguir sentir a sensação do ponto G.


No entanto, a maioria dos terapeutas e psicólogos discorda dessa teoria e, afirma que não há nenhuma estrutura anatômica que corresponda ao tal ponto. De acordo com a psicóloga e especialista em terapia sexual, Luciane Secco não há relatos científicos que comprovem a existência do ponto no corpo feminino. "O segredo do orgasmo está na cabeça e se relaciona às questões emocionais. O prazer feminino é maior quando a mulher está relaxada e tranqüila, com um alto grau de intimidade com o parceiro. Tudo isso facilita para a mulher ter sensações diferentes, por vezes chegar ao extremo êxtase", completa a psicóloga.


Existem também outras áreas erógenas no corpo da mulher. "O mais importante é um exercicio de descoberta dessas zonas, algo que com certeza abrirá caminho para mais prazer e mais orgasmos", completa. O certo é que, se lor de interesse do casal, vale a pena explorar mais essa forma de prazer.


Pontos do Prazer


Um fato é certo e todos os estudiosos concordam: o corpo feminino possui milhares de áreas sensiveis e devem ser exploradas. Essas regiões, denominadas erógenas, reagem ao toque com a sensação de excitação e são chamadas de mapa erótico. Um deles é o clitóris, o órgão do prazer. Com estrutura semelhante ao pênis, é rico em terminações nervosas. Quando a mulher se excita, ele dobra de tamanho. Para atingi-lo com absoluta certeza, às vezes é preciso afastar a pele que o recobre. O pescoço, a região das mamas, a pele do abdômen, a pele dos genitais, as áreas de flexão, como o joelho e o cotovelo, a região palmar ou plantar (palma da mão e planta do pé, respectivamente) são consideradas erógenas por algumas mulheres.


E VOCÊ, ACREDITA NO PONTO G?


"Sim. No entanto, acho que a mulher só consegue atingir o'tal ponto quando ela passa a ter uma maior intimidade com o seu parceiro. Em uma relação, onde há trocas de caricias, confiança e muita vontade de compartilhar, o sexo e o orgasmo se tornam cada vez melhores e são capazes de fazer a mulher sentir prazeres diferentes e muito intensos. Sendo assim, ela pode atingir tudo", R.S, 30 anos, estudante e técnico em mecânica, 
"Na minha opinião o ponto G é mais uma forma de prazer, de expressar sentimentos e emoções. Acredito também no contato, junto a toques e carinhos que proporcionam à mulher sentir orgasmos diterentes. Neste sentido são fundamentais as descobertas", M.A B, 26 anos, assistente contábil. 
"Se existe ou não, por certo é uma dúvida. 
O que sei é que através de alguns posições e caricias com o meu ex-namorado, cheguei a diferentes sensações de orgasmo. Creio que se for o ponto G, consegui atingi-lo. M.C, 24 anos, faturista. 

Pós Graduada em Terapia Sexual pela SBRASH

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Luciane Secco

Terapeuta Sexual

A terapia tem como objetivo, dentre outros , a ampliação da consciência e o auto – conhecimento tornando possível l ao indivíduo a perspectiva de novos caminhos.

Luciane Secco na Mídia